sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Cidade

As cidades brasileiras vêm crescendo absurdamente nos últimos anos, o páis como um todo, mais do que nunca, está sofrendo mudanças radicais, no entanto os equipamentos e a malha urbana acompanham em ritmo descompassado. O resultado desses ritmos diferenciados é visto por todos nós em forma de engarrafamentos, verticalização excessiva, violencia entre tantos outros que produzem o famigerado caos urbano. É verdade que a cidade sempre foi referencial de conturbação e dinamismo, mas existem os "níveis aceitáveis desse caos", se é que assim pode-se dizer.
Por questões obvias de seu funcionamento, as grandes cidades não podem abrigar a calma e o bucolismo das regiões rurais, o que não significa que elas devem ser um lugar agressivo, desconfortável; ela pode conter dentro de sua própria dinâmica mecanismos que amenizem o caos que gera. É uma questão de logística, pois se queremos gerar mais riquezas, precisamos fazer com que o produtor seja mais eficiente. Uma cidade agradável de se viver, independentemente de seu tamanho, possui habitantes menos estressados e por tanto mais eficientes; nesse contexto entra o planejamento urbano que muitas vezes só entra em cena para tentar reparar os problemas existentes por falta de um planejamento prévio.
Boa parte dos brasileiros nao tem a noção da grandeza de um país como o Brasil, apesar de todos os seus problemas. Temos grandes centros urbanos, que por mais deficientes que sejam, são polos importates, geram riquesas e distribuem-se de maneira razoável pelo país: Manaus e Belém (Norte); Fortaleza, Recife e Salvador (Nordeste); São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte (Sudeste); Brasília e Goiânia (Centro-Oeste); Curitiba e Porto Alegre (Sul).
O urbanismo precisa deixar de ser uma conversa de mesa de bar que se debate e não chega a lugar algum. É preciso olharmos para nosso contexto histórico-cultural e deixar de importar as concepções e de arquitetura internacionais, não é ignorar as ideias e as culturas estrangeiras, mas é saber interpretá-las e adaptá-las à nossa realidade para conseguir resultados satisfatórios.

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