Paris!
Ah! A cidade luz, dos bristrôs, do Moulin Rouge, dos cafés, dos crepes, do rio sena, do Glamour.
São os principais comentários que são postos à tona quando se toca nesse assunto. Quando se chega lá a expectativa é grande, e isso muitas vezes estraga qualquer passeio. Paris é uma metrópole mundial, cosmopolita, por tanto é muito natural que ela tenha problemas assim como as demais, no entanto a cidade é vendida como A CIDADE. Assim que se chega observa-se a sujeira e o cinza, as pedras das construções do centro de paris são cinzas, no inverno os galhos estão secos e sem vida, o gelo quando derrete vira lama nos jardins, as pessoas andam de preto e cinza, não parece algo tão amigável. Ai você para e pergunta: - Cadê a cidade luz ?
Paris é linda a noite, uma visão panoramica da torre eiffel ou da Sacré Coeur vale à pena, embora muitos digam que à noite todos os gatos são pardos.
Você tenta buscar essa mágica que se canta tanto da cidade, particularmente a encontrei andando em direção ao arco do triunfo, chegando lá encontrei a bela perspectivas barroca da antiga malha parisiense, perspectiva essa que influenciou inúmeras cidades. Encontrei a mágica nos museus, na Notre Dame, na comida, no vinho, enfim.
Percebi duas coisas : A primeira é que Paris é comercializada, sua imagem foi criada de tal maneira que a fez o que é hoje, claro que toda a sua história conta, mas quando digo "o que é hoje" é no sentido da imagem da cidade, refoçada pelo próprio parisiense. A segunda é que a mágica de qualquer lugar está naquilo que toca você, que meche e te faz adormecer os pensamentos por alguns instantes admirando o espaço.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Espaço
Antes de começar a escrever sobre o tema proposto, eu precisei parar por um momento e refletir. Qual o real propósito de se ter um blog cujo tema é a cidade, o urbano ? Para mim, a cidade é um objeto de estudo fantástico, é saboroso entender como determinadas algomerações se deram, como se deu o crescimento, como a lógica da cidade funciona e mais, como as pessoas que ali habitam interferem na formação dessa lógica.
Quando viajo, durante o pouso ou decolagem observo atentamente cada detalhe da malha, das grandes avenidas, dos parques, rios, mares, praças, quadras, complexos esportivos, portos e do próprio aeroporto, parece que tudo se torna mais claro, tem-se uma visão ampla e dela entende-se um pouco mais da grandeza que é uma cidade, é um verdadeiro organismo, as avenidas são arterias, as ruas menores as veias, os carros são globulos vermelhos e brancos circulando por todo o corpo da cidade levando nutrientes e fazendo-a viva. Quando sua economia é afetada ela adpta-se e suas funções também, ela simplesmente não para, tenta de todas as maneiras continuar viva, mesmo que esteja infectada de poluição, tráfego intenso entre outros, ela vai até seu limite, quando agoniza seus habitantes procuram outro lugar, mas ela não deixa de existir, pode virar ruínas, mas ela ainda está ali.
Eu ia falar sobre o espaço, mas terminei fazendo mais uma vez, outra análise sobre a cidade. Uma tia me disse que os sorvetes mais gostosos são aqueles que possuem um nome que não corresponde ao sabor, pedir um sorvete de limão que tem sabor de limão é sem graça, no entanto um sorvete de banana caramelada que tem sabor de cartola se torna mais interessante, então deixarei um título com sabor não correspondente.
Quando viajo, durante o pouso ou decolagem observo atentamente cada detalhe da malha, das grandes avenidas, dos parques, rios, mares, praças, quadras, complexos esportivos, portos e do próprio aeroporto, parece que tudo se torna mais claro, tem-se uma visão ampla e dela entende-se um pouco mais da grandeza que é uma cidade, é um verdadeiro organismo, as avenidas são arterias, as ruas menores as veias, os carros são globulos vermelhos e brancos circulando por todo o corpo da cidade levando nutrientes e fazendo-a viva. Quando sua economia é afetada ela adpta-se e suas funções também, ela simplesmente não para, tenta de todas as maneiras continuar viva, mesmo que esteja infectada de poluição, tráfego intenso entre outros, ela vai até seu limite, quando agoniza seus habitantes procuram outro lugar, mas ela não deixa de existir, pode virar ruínas, mas ela ainda está ali.
Eu ia falar sobre o espaço, mas terminei fazendo mais uma vez, outra análise sobre a cidade. Uma tia me disse que os sorvetes mais gostosos são aqueles que possuem um nome que não corresponde ao sabor, pedir um sorvete de limão que tem sabor de limão é sem graça, no entanto um sorvete de banana caramelada que tem sabor de cartola se torna mais interessante, então deixarei um título com sabor não correspondente.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
A cidade do carro

Pedestres??? Todos serão ricos e felizes na passárgada brasileira e terão carrinhos fofos, lindos com cheirinho de novo em suas garagens. O plano piloto deveria ter sido planejado em forma de nave espacial e não de avião, porque conceberam uma cidade de outro planeta. Esquecem que o pobre lascado que limpa os banheiros dos departamentos e demais setores administrativos, precisa andar embaixo do sol causticante do semi-deserto brasiliense até uma remota parada de ônibus e rezar muito para que chegue o transporte público que passa de hora em hora.Vale ressaltar que ele sai de uma cidade satélite onde o vento nem chega pra fazer a curva e precisa de um metro e um ônibus e muita canela disposta a caminhar. Esse aspecto é bastante segregador, os diplomatas e cia quando chegam a capital federal vêm tudo lindo e maravilhoso, pois a pobreza ta jogada nos fundos do avião, margeadas por violência e falta de infra-estrutura, os problemas que não se vê no plano piloto pode procurar nas cidades satélites que você encontrará, isso é segregar, algo bem paradoxal para uma lugar que representa a democracia da nação. Ai eu me pergunto: será que uma cidade planejada tem que necessariamente segregar?
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Cidade
Por questões obvias de seu funcionamento, as grandes cidades não podem abrigar a calma e o bucolismo das regiões rurais, o que não significa que elas devem ser um lugar agressivo, desconfortável; ela pode conter dentro de sua própria dinâmica mecanismos que amenizem o caos que gera. É uma questão de logística, pois se queremos gerar mais riquezas, precisamos fazer com que o produtor seja mais eficiente. Uma cidade agradável de se viver, independentemente de seu tamanho, possui habitantes menos estressados e por tanto mais eficientes; nesse contexto entra o planejamento urbano que muitas vezes só entra em cena para tentar reparar os problemas existentes por falta de um planejamento prévio.
Boa parte dos brasileiros nao tem a noção da grandeza de um país como o Brasil, apesar de todos os seus problemas. Temos grandes centros urbanos, que por mais deficientes que sejam, são polos importates, geram riquesas e distribuem-se de maneira razoável pelo país: Manaus e Belém (Norte); Fortaleza, Recife e Salvador (Nordeste); São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte (Sudeste); Brasília e Goiânia (Centro-Oeste); Curitiba e Porto Alegre (Sul).
O urbanismo precisa deixar de ser uma conversa de mesa de bar que se debate e não chega a lugar algum. É preciso olharmos para nosso contexto histórico-cultural e deixar de importar as concepções e de arquitetura internacionais, não é ignorar as ideias e as culturas estrangeiras, mas é saber interpretá-las e adaptá-las à nossa realidade para conseguir resultados satisfatórios.
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